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quinta-feira, 22 de outubro de 2015

A sociologia da dominação descrita e refletida por Bourdieu norteia o papel da mulher numa sociedade antrocêntrica, ou seja, numa sociedade onde os princípios da masculinidade domina e subjuga o outro. No espaço social da casa, a mulher exerce as atividades menos qualificadas: lavar roupa, passar, lavar louça, cuidar do lar...os homens, por sua vez são aqueles que são melhores remunerados, e em casa mostram seu poder incutido pelo dinheiro que detém, ou não. Quando não detém o dinheiro, detém o poder do órgão genital, simbolizado na sociedade antrocêntica como poder potencial de virilidade. O poder esta posto pelas diferenças visíveis do corpo feminino e o corpo masculino, nesse jogo são atribuídos papéis sociais que se expressam por meio de símbolos de comunicação nos processos de relações sociais. Esse processo de "somatização das relações sociais de dominação" gera um extraordinário trabalho coletivo de socialização difusa e contínua produzindo uma cultura institucionalizada que funciona conforme o princípio de divisão dominante capaz de nos fazer perceber "naturalmente" o mundo de acordo com esse princípio. A reflexão de hoje, diante da complexidade do mundo atual, é que descobri no meu agir cotidiano como MULHER, mãe, esposa, estudante, trabalhadora e "administradora da casa e do lar" as várias facetas assumidas na intimidade da casa e o RECONHECIMENTO DA DOMINAÇÃO ANTROCÊNTRICA. A reflexão foi impulsionada pela minha admiração sobre a minha própria capacidade em conciliar estender roupa no varal, fazer almoço e varrer a casa e quase ao mesmo tempo, conciliar os estudos para a elaboração da tese de doutorado. Ironia do destino ou imposição social dominante? Concordando com Eduardo Gallardo iniciarei as reflexões sobre a importância de criarmos um MOVIMENTO DE RESISTÊNCIA DA E NA FAMÍLIA (Risos ou choro (...)).       

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