Translate

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

O cotidiano

O cotidiano nos presenteia com a experiência alheia! Nesta semana, tive oportunidade de participar de um grupo de mulheres religiosas. O encontro, segundo elas, tem o objetivo de buscar a harmonização para isso, confiam umas nas outras e expõem seus problemas, suas angústias, alegrias, sorrisos. Num lapso de tempo, pensei o que estava fazendo ali.Mas, logo percebi que era uma grande oportunidade de aprender e de viver o cotidiano sem máscaras, de mulheres simples e despidas de julgamento. Todas traziam nas suas falas as ocupações domésticas do cotiano, sua relação com o trabalho fora do âmbito doméstico (como o ganha pão) e as preocupações com filhos e netos. Enfim, todas traziam na sua fala o amor e a sua subjugação as suas próprias emoções e a seu papel na família e no trabalho (seja doméstico ou no mercado de trabalho). Também traziam nas suas falas e ações o misticismo, as crenças no invisível e a fé. Lindo de ver e sentir: mulheres com tristezas, alegrias, com subjugações, mas amando, tendo esperança e fé. Neste momento, percebi que a força do amor deve ser lapidada como em uma pedra preciosa, para que não entreguemos aos nossos afetos a pedra esfacelada. As angústias produzidas pelas preocupações sobre as decisões de nossos afetos esfacela o amor tornando-o apenas preocupações sobre aquilo que é de livre-arbítrio do outro. No final misturamos amor (tão precioso e divino) com poder e estufamos o peito afirmando que, a preocupação e o amor nos dão o direito de decidir pelo outro. Será isso amor? Ao longo, da história as relações de poder produzem a coerção, a subjugação, a violência e menos o amor. Alimentar o amor por si mesmo, o respeito, a compaixão, a solidariedade e o compromisso com a justiça, aonde estivermos, talvez sejam algumas das ferramentas para lapidar a pedra preciosa do amor. Tarefa, também para quem aqui escreve. Cotidiano vivido e refletido, agora mãos a obra, que a vida passa rápido!  

Nenhum comentário:

Postar um comentário